quinta-feira, 16 de julho de 2009

O poeta Petrucio Amorim


Senti falta na programação da Esplanada Guadalajara a noite do forró. Não me serve de argumentação que o forró tem um palco só pra ele no Parque Euclides Dourado porque o pop também tem e a programação da praça está mais pop do que nunca. E é diferente, o forró do parque é pra dançar e o da Esplanada é pra assistir e bater palma. Santanna, Flávio José, Jorge de Altinho, Alcymar, Geraldinho Lins, etc, etc, etc, e Petrúcio Amorim têm que vir para a praça. Tem que ter a noite do forró. Aliás, nossa gente gosta mais de forró que mangue beat, e todo ano dá-lhe mangue beat em "nóis". O parque deve ser visto como um palhoção pra quem quer dançar até o sol raiar, por isso quem compôs "Filho do dono", "Tareco e mariola", "Anjo Querubim", "Estrela cadente", "Confidências", "Cidade grande", "Meu cenário", entre tantas outras belíssimas provas da nossa música verdadeira tem que se apresentar para uma praça cheia dessa gente retratada em suas canções agrestes. Tem uma música nova "Anjo Malandrinho" que é uma das maiores declarações de amor que um forrozeiro possa fazer. Vale lembrar que Petrúcio Amorim lotou o Teatro Santa Izabel e ali fez a gravação de seu DVD, espetacular. As cidades que fazem festas estão começando a entender que é esta música destes verdadeiros menestreis que galopam na garupa de Gonzaga que se deve investir para ter uma sociedade mais equilibrada e uma juventude mais sadia. A Benção Petrúcio! Dia 24, sexta-feira, no Parque dos Eucalyptos. E eu lá... Ou melhor... E a gente lá... Num é Kitty?!?! (Que trouxe Petrucio no seu último evento.)

acessem o site do artista http://www.petrucioamorim.com.br/

Projeto Música no Parque















No Festival de Inverno do ano passado inventamos um projeto chamado "Música no Parque", que consistia em criar uma interatividade com as pessoas que visitavam no final da tarde o Parque Euclides Dourado. Com música, alegria, brincadeiras, etc. Conseguimos o apoio da Secretaria de Cultura de Garanhuns, também da Secretaria de Comunicação, é importante que citemos Carlos Eugênio e Givaldo Calado. Outros representantes do poder público quando descobriram o projeto também mostraram simpatia, como Gabriela Valença, Tony Oliveira, Julio Cesar, etc. Até o pessoal da FUNDARPE acabou por nos apoiar durante os dez dias de evento. Nas fotos acima acho que dá pra sentir um pouco do que foi. Participação de turistas que sempre se envolviam com nossas brincadeiras, cantavam, dançavam e ganhavam brindes da Elma Chips, que era patrocinadora, inclusive do Festival. E principalmente as crianças que tiravam fotos com nossos bonecos e davam um show à parte. O horário era magnífico, sempre ao final do circo e antes dos shows no palco pop. Um buraco de duas horas que nós completávamos com nosso projeto. Improviso e criatividade. Mas acho que pecamos por isso, por querer inovar. E sempre falo na terceira pessoa porque não era somente eu, éramos uma equipe de técnicos de som e produção para que eu somente fizesse o que amo, brincar e me divertir com as pessoas. Este ano, prevenido, mandei o projeto para a Secretaria de Cultura, mas como enquadrá-lo nos moldes dos palcos? Não tem como! É diferente, é povo, é rua, não é uma apresentação, não é um show, é mambembe, é interatividade, é diferente. Como ajustar? Não dá! Temos que contar que as pessoas que avaliam os projetos entendam, mas não deu! Ficamos fora. Tentei conversar. A secretária Ivone Silva, num encontro casual, me informou que a FUNDARPE disse que não haveria espaço. Confesso que não entendi. No projeto do parque não haveria espaço? Não me foi dada uma oportunidade de argumentar, ninguém entrou em contato comigo. Aí propus mudarmos a característica e fazermos no centro da cidade, logo depois da última apresentação no Palco da Cultura Popular. Ali termina às duas e fica um buraco até a noitinha, quando começam as atividades nos parques. Mas novamente a resposta foi negativa, sem ter tempo nem de nos atender. Na minha simplicidade já consegui dez minutos de gente mais importante. Faço o que gosto. Adoro estar na rua ou criar eventos para estar perto de amigos ou de fazer outros tantos. Foi assim com a Tropicana, troça pré-carnavalesca, que saiu há três anos, e tive o apoio do ex-secretário Julio Cesar. Foi assim com meu CD, que fiz com apoio de muitos amigos e do secretário da época Jorge Branco. Foi assim com o "Música no Parque", com os apoios mencionados no início deste post. Tem sido assim com "O Botequim", onde tenho vários apoios de gente que entende que devemos oferecer oportunidades a pessoas criativas de nossa cidade. Assim como sempre que tive oportunidade procurei abrir espaços para outras pessoas mostrarem seus trabalhos. Seja em rádio, seja nos meus projetos. Desde o tempo de mais um projeto "Entrevista Coletiva", quando inovamos na forma de fazer rádio em Garanhuns. Ainda bem que muita coisa que faço não preciso de apoio institucional, mas para este "Música no Parque" era necessário. Sabem como me sinto? Como se alguém estivesse dando uma festa na minha casa e eu não fui convidado! Alguns amigos músicos, como Seu Daniel, que toca bandolim e cavaquinho maravilhosamente e tem um grupo de chorinho, o "Nós em Choro", também estava esperando a seleção dos projetos e ficou fora. Queria tocar no Pau-Pombo, quando olhou a programação suspirou - "Os de sempre!". Sei que citei nomes neste post e poderia ter citado muito mais, das pessoas e instituições que me apoiam, aos que deixei de citar, minhas desculpas, não é momento de promoção, é somente um desabafo.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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