segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Novas tecnologias e os blogs


O marqueteiro que fez a campanha de Obama nos Estados Unidos foi disputado a peso de ouro no Brasil, por Serra e Dilma. Fechou com a candidata governista. Mas não falo de um marqueteiro tradicional que se precupa apenas com a imagem do candidato, seu discurso e os guias eleitorais. Essa nova forma de fazer campnha busca descobrir novas mídias e extrair delas seu potencial. Ben Self estará no Brasil para trabalhar a campanha presidencial também de olho na internet, e acreditem, vai dar o que falar. Lembrem que a internet ficou livre da censura eleitoral, ou seja, campo aberto para a criativade. Quem continua achando que blog é somente uma página na rede mundial de computadores pode ser surpreendido e daí... Os grandes jornalistas do país já utilizam blog e twitter, e os acessos hoje extrapolam muitos sites de grandes meios de comunicação. A tecnologia da informação não para, já são palms, netbooks, mensagens pelo twitter que estão trazendo o futuro cada vez mais rápido. O Google já está sinalizando com uma nova ferramenta, o Wave (onda, em português), onde poderemos ter e-mail, orkut, msn, twitter, albuns, tudo ao mesmo tempo. E então? Nos blogs atuais existem de tudo, e todo e qualquer grande portal já tem grandes jornalistas assinando os blogs jornalísticos. Globo, Terra, Uol, Ig, G1, R7, entre tantos outros. Aqui em Pernambuco temos vários blogs na capital que mudaram a forma de informar com responsabilidade e crítica. Nomes como Magno Martins, Inaldo Sampaio, Jamildo Melo, entre outros são exemplos disso. Quem disse que blog não pode ter opinião? Quem já viu isso? Vivemos uma democracia e o Supremo Tribunal Federal cassou a exigência do diploma de jornalista justamente para que as pessoas sejam livres ao espressar suas opiniões. Agora cabe ao leitor buscar as informações que julgar creditícias para formar o seu senso crítico. Mas isso não é apenas com o blog, é com qualquer meio de comunicação. Todos tem o direito de escolher o que quer ver ou ler. Caso não goste do programa de rádio, muda de sintonia ou desliga. TV também é assim. Ninguém lê (ou poucas pessoas leem), os três jornais de Pernambuco, então você escolhe o que acredita lhe informar melhor. Mas sempre haverá opinião, sempre haverá o seu editor que dá a cara do informe jornalístico. No blog também é assim, na maioria das vezes se confunde o blog com o seu responsável, mas não necessariamente. Somente o Jornal do Commercio tem em seu portal mais de trinta blogs, que falam de tudo, e ganham cada vez mais espaço na mídia. Esta é a realidade, inexorável! Para saber a quantas anda a inclusão digital dos nossos e-leitores é que estamos com esta nova enquete. Você lembra que na última campanha Eduardo Campos ligou pra vários eleitores do estado, e isto causou muita repercussão? Pois é, o que a tecnologia e a internet pode interagir daqui pra frente, quem sabe o Ben Self nos responda.

Magno Martins analisa administração de Garanhuns


Um dos mais conceituados jornalistas políticos de Pernambuco e blogueiro Magno Martins está perguntando em seu site como as pessoas avaliam a administração municipal de Garanhuns e o prefeito Luiz Carlos. Acesse o blog e dê seu voto. O Blog do Magno é um dos mais acessados do estado e suas notas políticas viram assuntos obrigatórios na política pernambucana. Depois de analisar as administrações das prefeituras da região metropolitana, chega a vez do Agreste e Magno começa por Garanhuns. Vai lá!


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Você é Insubstituível


Eu sou mais um dos que estiveram doentes e que com a fé dos amigos, a graça de Deus, o trabalho dos médicos e o amor dos familiares consegui me recuperar. Foram quase 30 dias de UTI, três meses de hospital e seis de tratamento. Uma doença chamada Síndrome de Guillán-Barré. Isso foi em 2003. Qualquer dia conto a vocês. Meses antes do aparecimento da rara doença eu havia feito uma crônica chamada "Você é Insubstituível", havia sido demitido na reestruturação do banco em que trabalhei por dez anos, sempre aqui em Garanhuns. Era recorrente na época dizer que todo mundo era substituível, que sempre haveria alguém para ocupar seu lugar. Poxa, aquilo me impulsinou a escrever mais e produzir culturalmente. Mais de um ano depois do texto, na minha volta pra casa, ainda em tratamento médico, amigos abriram a porta da minha casa fazendo-me uma surpresa, com uma imensa faixa que dizia - "Você é Insubstituível!". Marcou para sempre a minha vida. Ajudou na minha recuperação. Todos devem saber a força da fé e do apoio dos amigos, são dessas coisas inexplicáveis, que entendemos somente pela percepção de que existe um Ser Maior que nos acompanha e nos protege. O texto abaixo está na coluna da Bluenet e trago de volta agora. Como disse, a crônica é de 2003.
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Há algum tempo me fizeram acreditar que ninguém era insubstituível, que haveria sempre alguém disposto a ocupar o lugar que ocupamos, talvez até com mais disposição e competência. Que no futebol sempre haverá o reserva, no trabalho, aquele que espera a oportunidade e assim em todos os espaços da vida. A gente vai vivendo e acreditando nessas tolices.
Nos escritórios de marketing, nas lojas de varejo, o ser humano é a mercadoria da vez e como tal, deve ser tratado como peça de propaganda, vendendo ilusões e desesperos. Você acaba acreditando que é substituível porque vê seu amigo ao lado perder o emprego e outro ocupar sem cerimônia, mas esquece de sentir seu coração e ver que o espaço ocupado por aquela pessoa a quem uma vez chamou de amigo, está intocável.
Mas haverá os que dirão que essa história de substituível é coisa de capitalismo, de consumismo moderno e de quem precisa se submeter às regras de mercado. Será? Será que preciso acreditar que sou peça que pode ser trocada como o pneu sobressalente de um automóvel qualquer ou devo imaginar que sou especial? Que até mesmo o bom dia que desejo aos meus colegas influi na qualidade do trabalho que desempenho. Que sou especial porque acredito que todos são insubstituíveis e as palavras verdadeiras ditas com sentimento terão um reflexo maior nas amizades que as frases prontas colocadas nos quadro de avisos para levantar a estimas das pessoas substituíveis.
Somos todos insubstituíveis. Porque Jerry Lewis não substituiu Chaplin e Jim Carrey não substituirá Jerry Lewis. Porque cinco são os dedos das mãos, nenhum é igual e cada um tem sua importância e função. Porque onze são os jogadores de futebol, com números diferentes e qualidades diversas e o time que perde um, em qualquer posição, precisará dobrar o empenho dos outros para não perder a partida.
Muitas vezes a gente cega acreditando nessa história de substituível que leva para o nosso dia a dia, inclusive o lar, e deixa de perceber que ninguém abençoará seus filhos da forma que você o faz. Porque você é o pai ou a mãe e este é um presente que Deus nos deu para mostrar que somos especiais. E o seu irmão. E seus pais. Seus amigos.
O tempo passa e a gente vai se afastando de pessoas queridas. Os meses passam e quando fazemos as contas, dias se foram sem uma palavra qualquer e você acredita que aquele ente querido está cercado de pessoas queridas e que não sentirá sua falta. Ledo engano, você é especial, aquela pessoa é especial na sua vida e ninguém dirá a ela o que você diria, ninguém afagará seus cabelos do jeito que você afagaria. Mas ainda há tempo, só depende de você. Remorso é uma palavra que apagaremos do dicionário de quem sabe amar e está presente.
Chaplin nos mostrou há mais de 70 anos, no filme Tempos Modernos, que não devemos ser máquinas robotizadas utilizadas para apertar parafusos, que somos mais, que podemos ser seu personagem em O Garoto, quando mesmo desprovido de condição financeira ele assume o amor por uma criança e aí deixa de ser o coitado para ser o pai, o responsável, o senhor do afeto. Mas se você não puder ser o Carlitos, seja então o garoto e deixe-se amar, pois com certeza haverá, em todos os cantos da sua vida, pessoas que acham você, simplesmente, insubstituível.

Letras de Garanhuns e uma nova retirância


Terra de escritores como Paulo Gervais, Roberto Almeida, Carlos Janduy, Luzinete Laporte, Nivaldo Tenório, João Marques, Luís Jardim, Carlos Guedes, entre outros tantos bons de pena, vislumbramos jovens como Mário Rodrigues e Cláudio Gonçalves Lima nos mostrando que temos ainda o charme das letras de sempre. Cada um em sua especialidade tem o sotaque da fala de nossa gente. Este preâmbulo expressa várias gerações e segmentos, e o prazer em escrever, como fazem sempre muito bem os cronistas da cidade (onde humildemente me colocaria). As cancelas abertas por Ronildo Maia Leite e o seu tradicional "Bom Dia", era um café da manhã para os pernambucanos, e esse café da manhã também foi muitas vezes temperado com a sagacidade e interpretação inconfundível de uma lenda viva da nossa crônica no rádio, Rossini Moura. Este radialista, menestrel das palavras e das observações absolutas é exemplo para todas as gerações posteriores.
E agora, temos a volta de um biscoito fino, desses que apura o paladar, sendo assim, não teria hora melhor que a hora do almoço. Gerson Lima é desses profissionais que parecem ser bom em tudo, do Teatro, onde é um dos fundadores do Espetáculo "Jesus, Alegria dos Homens", publicitário, marketeiro político de reconhecido potencial, crítico musical, que mais? Um cronista dono de uma das mais belas vozes do rádio pernambucano e de uma sagacidade vocabulária que nos mostra com nitidez o nosso cotidiano, que por vezes, acabamos por dizer, era isso que queria falar, mas não sabíamos como. Passou um tempo fora de Garanhuns, sendo mais um dos "novos retirantes", tema que voltaremos a enfatizar em breve. Tivemos a geração dos retirantes que, sem formação, ia pra São Paulo pra trabalhar na construção ou em serviços "pesados", é a geração de Lula. Mas entre os anos 80 e este novo século, tivemos a geração dos que deixaram Garanhuns em busca de oportunidades, estudos e empregos mais capacitados. Temos Garanhuenses espalhados por todo Brasil frutos dessa retirância. Mas, como dissemos, voltaremos a dissecar o assunto. Nesta volta a sua terra natal (que não a de Gugu) Gerson Lima está "Falando Sério" todos os dias na FM 7 Colinas. E aos literatos conterrâneos, quem sabe o reconhecimento da nossa gente.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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