domingo, 3 de janeiro de 2010

Nascente do Pau-Pombo ameaçada de desaparecer - Por Fernando Luna

Numa época em que, a escassez de água potável no Planeta Terra, preocupa e é discutida no mundo todo, Garanhuns caminha na contra-mão da história, contaminando e destruindo suas maiores riquezas naturais, que são as nascentes de águas potáveis, as áreas de preservação ambiental e os eco-sistemas que protegem essas áreas.
Sensíveis a estes fatos, os integrantes Rotary Club Sete Colinas vêm promovendo ações em defesa do meio ambiente, através de uma série de visitas às principais áreas de preservação ambiental de Garanhuns, que formam a Bacia Hidrográfica do Rio Mundaú, que nasce em Garanhuns e deságua na Logoa do Mundaú em Maceió, no Estado de Alagoas. Estas nascentes, se encontram em avançado processo de degradação, contaminação e destrição e a ação do Rotary Club Garanhuns Sete Colinas, tem como objetivo, chamar a atenção das autoridades, da imprensa e da população em geral, denunciando e identificando os principais agentes responsáveis por esses crimes ambientais, propondo ações e contribuindo para a sua recuperação e preservação.
Acompanhados por representantes do Rotary Club Garanhuns; ONG-Eco Nordeste; CODEMA; UAG-UFRPE; UPE-Garanhuns; Igreja Episcopal Carismática e Quarta Igreja Presbiteriana de Garanhuns; SESC e Rádio Marano, foi realizada, na tarde da última sexta-feira, dia 28 de novembro, uma visita na Nascente do Pau Pombo, onde a água já foi contaminada pelo despejo de lixo, iniciado há mais de 30 anos, pela Prefeitura de Garanhuns, e hoje, continua seu processo de destruição, com o despejo de toneladas de metralhas e entulhos de construção, soterrando e contaminando o córrego e a mata ciliar da nascente, uma atitude deliberadamente omissa e criminosa por parte Prefeitura de Garanhuns, que deveria estar protegendo e recuperando com os vastos recursos federais que tem recebido.
Esse processo irresponsável e inconseqüente de aterramento com lixo e entulhos, das áreas consideradas de preservação permanente, além de ferir o bom senso do mais simples dos mortais, contraria toda a legislação ambiental, tanto municipal, estadual e federal, fazendo descaso às recomendações do CODEMA – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Garanhuns.
É importante registrar, ainda, que, nestas últimas semanas que acontecem as reuniões da Audiência Pública, na Câmara de Vereadores de Garanhuns, sobre o Plano Diretor de Garanhuns, instituído pela Lei Municipal nº 3620 de dezembro de 2008, ficou constatado o estranho fato de que, não estão definidas, no Zoneamento do Plano Diretor, as áreas de preservação e proteção ambiental de Garanhuns, suas nascentes, reservas florestais, parques ecológicos, colinas, encostas e os pontos turísticos. A justificativa dada pela Prefeitura de Garanhuns, para omissão dessas zonas, foi a falta de instrumentos adequados (GPS) e falta de tempo !?!?
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Haeckel Fernando Luna
Comissão de Projetos e Prestação de Serviços à Comunidade
Rotary Club Garanhuns - SETE COLINAS

Cultura de verdade


Dissemos uma vez aqui que atualmente se vive uma política cultural de megaeventos, que tenham que buscar rios de recursos para levar dezenas de milhares de pessoas para colocar numa praça. Isto não seria problemático se não estivéssemos de fato "esquecendo" de amparar as manifestações culturais de verdade. Aquelas que fazem parte do cotidiano da gente, e que quando bem trabalhadas também funcionam como fonte turística. Mas não! Investimos milhões de verbas públicas para dar a bandas de gosto duvidoso e bundas de fora, que incentivam o alcoolismo juvenil e alienam nosso povo.

Falamos isso por que recebemos um convite simplório mas de grande repercussão Dia 19 de janeiro, no sítio Trapiá, em Iatí, acontecerá a tradicional "Novena de São Sebastião". Tradição secular da cultura popular do Nordeste, preservada em sua versão original, naquela comunidade. Salva de fogos às seis da matina, a zabumba (banda de pífanos) tocando desde cedo até à noite, quando as rezadeiras se reúnem para uma celebração das mais antigas da cultura religiosa. Ladainhas e benditos, parte dela executada em ainda em Latim, numa prova de fé da comunidade a seu santo padroeiro. E sabem onde acontece tudo isso? na residência de Laércio Borges e Gerusa.

Muito do que se produz em nossa região ou das nossas tradições estão esperando que as verbas milionárias que existem para divulgar nossa cultura sejam sociabilizadas e desconcentradas. Há de se incentivar o côco do Castainho, o forró de Mané Xéu, as quadrilhas campeãs, nossos músicos, nossas bandas, nosso artesanato, nosso teatro, nossas festas populares de rua, São João e Carnaval, principalmente. Há também de se investir em nossa história e em nossos ícones culturais. Em Garanhuns, se alguém chegar hoje e pedir para ver uma sanfona de Dominguinhos, não tem, em lugar nenhum. E um fio de cabelo do presidente Lula? naaaaaada! Aliás, o nosso Centro Cultural é um Centro Administrativo em mais uma prova de que não estamos "nem aí" para a preservação de nossa cultura. Poderíamos ter funcionando por ali um Centro Cultural de verdade, ou ao menos voltar ao que era a bem pouco tempo atrás.

Isto é uma vergonha!!!!

Repercute em todo o país o caso do jornalista Boris Casoy, que com o microfone ligado quando o jornal da Band ia para o intervalo, fez um comentário preconceituoso sobre dois garis que acabaram de aparecer no vídeo desejando feliz ano novo para os brasileiros. Casoy, no dia seguinte, pediu desculpas públicas no Jornal da Band, mas aí o estrago já estava feito, a credibilidade do jornalista já estava no lixo e o seu bordão -"Isto é uma vergonha!" - jogado contra ele próprio. Sobre o episódio, nossa amiga Marília Jaqueline fez um comentário em seu blog que transcrevo para vocês.
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DO ALTO DE SUAS VASSOURAS
Uma pessoa pode ser muitas coisas na vida.Ganhar mais ou menos dinheiro, estudar mais ou menos, ser mais ou menos feliz. Mas isso não significa, e nem poderia, que uma pessoa é mais ou menos que outra pessoa. Cada um é o que é, dentro de suas possibilidades e de sua história. O principal, entrentanto, é ser digno. E, se possível, feliz.No último dia 31 de dezembro, dois garis forma interpelados por uma equipe de jornalismo a fim de mandarem suas mensagem de ano novo em rede nacional. Animados com tal possibilidade, os dois nos brindaram com seus melhores sorrisos e desejos. Quando acabaram, o fade out do jornal revelou a voz do apresentador que, entre palavras de baixo calão, ironizava, dizendo que eles, os garis, do ponto mais baixo baixo da escala de trabalho, não estariam, digamos, habilitados a desejar feliz ano novo "do alto de suas vassouras".De fato, há uma diferença fundamental entre aqueles homens e o apresentador. É que eles exercem seu dever com dignidade e respeito. O apresentador, por outro lado, não deve conhecer tais valores, a julgar por seu comportamento. É ele que do alto da sua arrogância não poderia ter voz nem falar em rede nacional. É ele que não merece o nosso respeito. Vejam o vídeo. Tirem suas conclusões.Mais que uma falha técnica do Jornal da Band, o episódio revelou uma falha de caráter do sobredito apresentador, Boris Casoy. Como será que ele trata sua empregada, a moça do cafezinho, a faxineira do estúdio... Como ele trataria você, a depender do ponto da escala em que o coloque? Aliás, será que ele ainda vai ter cara pra dizer que alguma coisa é uma vergonha depois dessa???

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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