Garanhuns tem quase uma centena de précandidatos a prefeito. Muitos deles já se movimentando nos bastidores. Estamos em um começo de ano, e quase de uma "nova" administração. O fato de ultimamente estarmos discutindo o futuro da prefeitura e dos possíveis sucessores de Luiz Carlos, ao final de seu primeiro ano de mandato de sua segunda gestão consecutiva nos causa certa preocupação. Por dois motivos: Primeiro, antecipa o final desta, ou ao menos, indica uma certa inquietação que sugere uma mudança. Assim entendemos que há uma clara antipatia ao atual trabalho. Segundo motivo: Garanhuns não pode parar para ficar discutindo sucessão local agora. Gente! Faltam três anos. Não podemos ser uma cidade que vive em função de prefeitura! Isso é pequeno demais para um município que almeja crescimento. Precisamos desvincular uma coisa da outra. Muitas cidades já conseguiram isto: Toritama, Caruaru, Petrolina, Cabo, etc. De fato um bom trabalho administrativo é primordial e basilar de um desenvolvimento, seja ele econômico, social ou cultural. Mas não podemos parar para esperar que a prefeitura aja sozinha. Garanhuns tem várias pessoas com potencial para assumir a prefeitura, mas eu torço que não, que continuem onde estão, contribuindo significativamente para a cidade desempenhando suas funções. Não devemos lançar os nomes que se destacam em seus segmentos neste momento pois com política tudo é diferente e acabamos por inflar ciumeiras desnecessárias. Queimando etapas. Isto é até uma autocrítica, não creio que será um nome de beltrano ou sicrano que resolverá nossos problemas de falta de foco no desenvolvimento garanhuense e regional. Outra coisa, não importa também se o nome é novo ou velho na política. Vejam como exemplos quantos nomes ditos novos temos na atual administrativa local. O que precisamos é de um projeto de expansão da nossa visão, deixar de olhar pra dentro e discutindo prefeitura. Temos que olhar pra fora, descobrir que devemos voltar a liderar a bacia leiteira nordestina e isto só se faz com crédito e com pessoas que tirem o foco da política local pra pensar grande. Nossas universidades são exemplos de vislumbrar o futuro. Hoje trazem a região para dentro de Garanhuns. Acompanhei as enquetes recentes de meus companheiros blogueiros e é isto que todos nós internautas estamos dizendo. Precisamos de uma alternativa de crescimento, de um projeto viável e ousado. E isto é nescessáro antes dos nomes apresentados, para que possam se comprometer com o desejo da sociedade. Se neste momento já hipotecarmos nosso futuro num nome de um salvador é voltar a cometer os mesmos erros do passado e antecipar o fim de um governo que ainda tem três anos pela frente. Esperamos que os nomes surjam, que viabilizem suas candidaturas, mas tudo ao seu tempo! Lembrem que tudo passa ainda pelos resultados das urnas de outubro!
Sinceramente, vejo a inquietação da minha geração. Frutos dos anos 80 de estagnação, muitos saíram de Garanhuns em busca de estudos e trabalhos, e os outros que por aqui ficaram se angustiam com o passar dos dias iguais. Por isso, creio que é mais importante neste momento discutir o que desejamos do futuro da nossa cidade que prospectar os nomes que sentarão na cadeira. Quais são as alternativas. Sabemos que esta é a democracia. E discutir política é salutar ao processo eleitoral. Mas sinto que discutir primeiro os nomes é, como dizia o antigo provérbio, colocar o carro na frente dos bois.
