quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O desentendimento e suas explicações - A história


O escândalo do showgate, citado no palco do Garanhuns Jazz Festival e a falta de incentivo da FUNDARPE, cobrado principalmente por Giovanni Papaléo, realizador do evento, causaram um constrangimento nos representantes da prefeitura. Juntando-se a isto, a não citação no palco da presença do deputado Izaías Régis, colocaram mais pimenta no molho dos bastidores, causando ao final o desentendimento entre o deputado e a secretária Gabriela Valença, que ouviu as suas reclamações. Izaías não se conformou ao ser "ignorado" pelos organizadores e dizia pra todo mundo que ele havia conseguido R$ 90 mil reais para a realização do Garanhuns Jazz Festival, e que a prefeitura não recebeu porque estava inadimplente. A explicação sobre não haver sido citado o deputado no evento seria por conta justamente dos escândalos de superfaturamento e shows fantasmas da FUNDARPE, e Izaías foi recentemente acusado pelo ex-prefeito de Caetés Sampainho, do mesmo procedimento pela ACIAGAM, portanto, nada com o órgão estadual. Não citar Izaías é como se não quisesse relacionar a realização do Garanhuns Jazz Festival com as recentes denúncias. Embora muita gente ainda acredite que o Festival fosse um dos eventos criados pelo deputado, a verdade é que a realização é da Prefeitura Municipal e do Giovanni Papaléo. Ficou portanto um constrangimento geral que "queimou" todo mundo. Desse fogo sobrou faísca para a FUNDARPE e o Governo do Estado; para a secretária, uma das grandes responsáveis pelo sucesso do evento, que acabou por se desentender justamente com a pessoa que a indicou para o cargo; para o deputado que protagonizou o bate-boca público e acabou sendo a referência durante o evento dos escândalos do showgate da secretaria de turismo do estado, embora não tivesse essa ligação; e por fim para a prefeitura de Garanhuns, que realizadora do evento, viu seus microfones serem utilizados para criticar a Fundarpe e o Governo do Estado. Um vexame que o grandioso Garanhuns Jazz Festival não poderia ter deixado passar para o público. E é bom lembrar que Izaías Régis é o deputado que terá o apoio oficial da prefeitura para sua reeleição. O Secretário de Articulação Carlos Eugênio, buscando apagar o fogo e dar fim a esse problema que poderia ganhar outra proporção, já que foi notícia inclusive em órgãos de imprensa da capital, fez pública uma nota atenuando a situação constrangedora. Afirma na nota que não foi autorizada pela prefeitura qualquer crítica à FUNDARPE, já que sabia que o Garanhuns Jazz Festival não havia sido contemplado por verbas da instituição estadual, e que realmente houve uma falha da organização de não citar o Izaías Régis e outras autoridades presentes. Se a missão de Carlos Eugênio será dialogar, eis aí um bom começo. Se tivessem dialogado antes com o deputado...
Eu sinto que esse desentendimento ganhou uma proporção desnecessária, e sinceramente, seria o tipo de questão para se resolver à parte, e não no calor do maravilhoso festival.

Tico Santa Cruz fala do Garanhuns Jazz


(Transcrito do Blog do vocalista do Detonautas!)
Falando em Carnaval, fui convidado para o Garanhuns Jazz Festival. Imagine uma cidade no interior do nordeste. Verão. Época da folia geral. Imaginou? Pois lá é o oposto de tudo isso que possa ter passado em sua mente. A cidade fica numa serra, faz frio. Dá para colocar casaco e tudo. O Ritmo que ditou os dias de Carnaval por lá passou bem longe da agitação quase insuportável das muvucas do Rio de janeiro ou Bahia. Quem ficou em Garanhuns curtiu Blues, Jazz e Rock. Atrações internacionais: Argentina, Estados Unidos, Chile.
Bandas Clássicas como Azymuth. Instrumental de primeira linha que fez sucesso no mundo inteiro levando a pegada da música Brasileira, misturada ao Jazz . Artistas de alto nível como meu querido amigo Celso Blues Boy, Greg Wilson ( Blues Etílicos ). O sensacional Magic Slim que colocou a platéia toda de pé, cantando, num lugar maravilhoso que abrigou um público de idades e estilos variados, mas totalmente disponível ao Festival.
Passaram por lá também – Leo Gandelman, Jasiel Leite, Karl Dixon com sua belíssima e poderosíssima voz. Bandas da região também fizeram bonito, mostrando que o festival dá o espaço merecido a artistas já consagrados e outros que estão dignamente batalhando por um lugar numa cena tão complexa como esta. Assisti – Soul Blues, Mascavo Blues, The Bluz e Reisado de Gonzaga.
No segundo dia, tive o privilégio de tocar com um dos meus grande ídolos e que se tornou um companheiro de madrugadas, Mestre Celso Blues Boy. Passei bons momentos de minha adolescência assistindo Celso no Circo Voador e no Garanhuns Jazz Festival cantei duas de suas canções mais clássicas: Fumando na escuridão e Aumenta que isso ai é Rock n’Roll!!!! Foi lindo!!!!
No dia seguinte me juntei a Up Town Blues Band e Andreas Kisser, grande e eclético guitarrista de uma das maiores bandas de METAL do mundo, o Sepultura e juntos fizemos uma homenagem a Raul Seixas e Cazuza em ritmo de Blues, fechamos com Rock n’Roll do Led Zeppelin levando o público ao êxtase.
Foi muito bom!!!!!
Parabéns a Giovanni Papaleo e a Prefeitura de Garanhuns que fizeram uma aposta ousada, mas que deu certo, mesmo sem o incentivo do Governo do Estado. É claro que tais estilos musicais não tem origem nacional, todavia a antropofagia, a globalização e a diversidade ajudaram a quebrar as barreiras e hoje se faz e se ouve muito de Blues, Jazz e Rock em português, inclusive misturando influências regionais.
A Praça estava linda, lotada, iluminada, num clima de paz e harmonia. Pessoas dispostas a curtir som, conversar e se divertir de forma muito tranqüila. Boa bebida, boa comida, gente bonita. Os bares da cidade após o encerramento das atrações continuavam respirando musica boa. O que me rendeu 3 dias de muitas histórias divertidas, um conhecimento cultural que agregou novos valores a minha vida e novas amizades que farei questão de cultivar !!!!
Resumindo; Foi uma aposta ousada que deu certo e mostrou que é Possível oferecer outras opções de entretenimento e cultura quando todos estão apostando apenas nas festas tradicionais. Para quem não gosta de tumulto, Garanhuns tem a medida certa entre todas as opções de divertimento na região.
Espero voltar em breve, tomar aquela Cachaça maravilhosa, e olha que não gosto de cachaça, mas a do Bar de Marcilon ( é assim que escreve? ) é especial. Fica um abraço para rapeyze do Escritório também que nos brindou com muita musica boa e ótimas Jam Sessions.
Viva a diversidade.
Tico Sta Cruz
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Na foto: Tico Santa Cruz dá uma canja no CarnaJazz (Escritório Bar)

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Sete de Setembro X Sport


Jogão de bola nesta quarta-feira em Garanhuns. O Sete de Setembro, último colocado pega o líder e invicto Sport Recife. Os números apontam um Grand Canyon entre os times. O nosso alviverde tem apenas cinco pontos, seis atrás da saída do rebaixamento. Nunca venceu o Sport. Nunca! O Sport é o lider isolado, tetra campeão pernambucano, ainda não sabe o que é perder, aliás, há umas três décadas em Pernambuco que o rubronegro detém a hegemonia. Mas como futebol é uma caixinha de surpresas (inventei essa frase agora), ninguém ganha ou perde de véspera, pode, de repente, vir a grande vitória histórica do Sete de Setembro. Seria um verdadeiro marco, e daria o impulso necessário para sair do rebaixamento. Não é fácil mas não é impossível. O Sport joga muito desfalcado e o Sete aposta no novo técnico Marquinhos Saloá. O jogo estará na TV Asa Branca, na Rádio Jornal e eu faço parte da equipe de transmissão da 87 FM.

O CarnaJazz - Um pequeno resumo!


Resolvemos criar um evento alternativo ao Garanhuns Jazz Festival, aceitando um convite do Hélder Carvalho, do Studio C, que nos ofereceu o "Espaço da Copa", anexo ao Escritório Bar. É necessário dizer que o jovem empresário tem buscado alternativas que gerem movimentação na cidade. Ao levarmos a proposta aos secretários Carlos Eugênio e Gabriela Valença, apoiaram e incentivaram a ideia. Por conta dos escassos recursos não pudemos fazer na rua, como nos foi sugerido, o que acabou criando um ambiente mais íntimo e particular dentro do bar, que recebeu pessoas que queriam dar a famosa esticada ao final das apresentações oficiais do Garanhuns Jazz Festival. Inclusive tivemos canjas por lá do Celso Blues Boy, Tico Santa Cruz e Karl Dixon. A Cida Maria também mostrou pra gente sua simpatia e voz belíssima. Todos os artistas demonstraram simplicidade, tiraram várias fotos com todos e atenderam aos pedidos de subir ao palco e cantar. E cantaram com nossa gente. Vi Paulão na bateria, Lucas e Alexandre Revoredo fazendo vocais, entre tantou outros. O som estava muito bom, trabalho do Wilker. A Banda The Bluz empolgou com seu repertório e tocando junto o Neil Arnold foi muito legal. Momentos insquecíveis. A Gabriela Valença nos aproximou do Giovanni Papaléo, principal responsável pelo GJF. E ele abriu as portas para que pudéssemos criar nosso projeto. Seu incentivo foi fundamental. Na Bodega de Massilon também havia movimentação no mesmo horário, e o Paulo, outro menestrel da cultura garanhuense rebolou um bocado para botar o bloco na rua. Mas deu certo! Ambos os projetos aconteceram e temos a certeza de termos enriquecido a festa como um todo. Salve Paulo! Fomos à procura dos patrocínios e foi difícil, talvez por conta do tempo exímio. Mas pudemos contar mais uma vez com os amigos que entendem nossas estripulias, por isso é importante citar a professora Maria Almeida, Demir do Trocão, Mano Imóveis, Dr. Saulo Rocha e Paula, Adeilda Patriota, Roberto Gueiros, Fernando Couto da CDL, entre outros. Agradecemos ao Roberto Lima e ao Cacá do Chez pela parceria. É importante dizer também que marcamos mais um gol na transmissão pela 87 FM do Garanhuns Jazz Festival. Montamos a equipe com o Manu Araújo no estudio, Mário Gomes na técnica do evento e as "figurinhas carimbadas" Carlos Janduy e Gerson Lima, que foram muito felizes na condução da transmissão, recebendo elogios dos ouvintes. Temos certeza que é mais uma prova da responsabilidade social que esta emissora comunitária desenvolve na difusão de Garanhuns. Pessoas dos mais longíquos lugares puderam ouvir pela internet. Ponto positivo proporcionado pelos nossos patrocinadores, inclusive o Carlos Eugênio, pela comunicação do município. Recebemos vários abraços, mensagens, ligações e tudo mais de pessoas que nos parabenizavam pela criação do CarnaJazz, a mim e a Sonita, pelo esforço recompensado da produção cultural. Dissemos que a realização foi do BLOG, e assim conseguimos gerar uma interatividade entre nossa cidade e este espaço na net, que com responsabilidade e ousadia vai investindo em nosso cotidiano. Tivemos vários amigos da imprensa que citaram o CarnaJazz, divulgando nosso evento. Então temos que agradecer a essa fraternidade. Ao Calvino, o Junior do Twitter Garanhuns, à galera de Caruaru do Fonte Zero Notícias, Robson e Rosângela Ferreira do Jornal Cidade, que nos deram inclusive a manchete do seu jornal. Gente, nem sabemos quanto isso vale! Deve valer um grande abraço! Se esqueci alguém, desculpem-me. Escrevo de improviso.
Nosso evento foi prestigiado inclusive pela imprensa da capital que fez citações nos princiais jornais. Todos os dias tinha alguma notinha da gente no Diário de Pernambuco e no Jornal do Commercio. (Olhem só como estamos chiques!) Ao André Dib do DP e ao José Teles do JC, dois símbolos da irreverência e conhecimento cultural musical, nosso franco "muito obrigado"! Esperamos termos contribuído para que suas passagens por nossa terra tenha sido mais agradável.
Entre acertos e erros, a certeza de que precisamos criar na cidade o ambiente propício ao desenvolvimento do Garanhuns Jazz Festival. Precisamos apurar ao máximo e sinto que a cidade tem que "entender" o evento. Garanhuns não pode mais parar no carnaval como parou! Deve haver uma maior participação da sociedade, principalmente os que ganham ou os que podem ganhar com ela e ainda não conseguiram perceber. O Teixeira mostrou certo receio de que outra cidade possa captar este evento, oferecendo um maior investimento ao Papaléo, por isso precisamos segurar o estandarte e revolucionar a cidade em defesa dos nossos eventos. E o GJF é um marco da cultura e da qualidade.
Poxa, ao final de quatro dias de muito trabalho, olhamos a semente plantada e descobrimos que temos muito a agradecer, a todos que incentivaram o nosso CarnaJazz!
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Na foto, estou ao lado de um dos maiores nomes da terceira edição do Garanhuns Jazz Festival, o cara simples e simpático, Karl Dixon. Como nos parecemos um pouco, eu sou o baixinho de cavanhaque. kkkkk.

O Garanhuns Jazz - por Alexandre Marinho


Prezado Ronaldo,
Com relação à enquete que você realizou sobre a melhor época para a realização do Garanhuns Jazz, quero expressar minha opinião e fazer uma breve retrospectiva. Quando eu estava como Secretário de Desenvolvimento em Garanhuns, fui procurado por Geovanni Papaleo porque (na época) ele pretendia trazer para Pernambuco um evento que ele ajudava a produzir lá no interior do Ceará, em Guaramiranga (evento que ainda é um grande sucesso). Levei-o até o Prefeito Luiz Carlos e este não só gostou como de pronto apoiou a idéia, e me colocou junto com Gabriela à frente da organização do evento. Desde o início a idéia foi a seguinte: já que não temos Carnaval, este evento seria uma opção interessante para preenchermos o vazio que fica na cidade e (de quebra) ainda lotar os hotéis, com um público refinado e que esteja fugindo da Festa de Momo. A idéia deu certo e este é um evento sem volta. Digo a você com toda certeza: o pessoal de Caruaru, Gravatá e Taquaritinga do Norte ficaram loucos porque não tiveram esta idéia antes. Digo mais: O charme deste evento é realizá-lo justamente no período carnavalesco. E tanto é oportuno que todo o trade turístico do estado rende homenagens ao Garanhuns Jazz. Agora, a idéia que tínhamos era de, aos poucos, e concomitantemente ao evento, durante o dia, começarmos a trazer de volta para Garanhuns as troças carnavalescas, estilo Olinda, circulando a Praça Guadalajara. Esta segunda parte, tenho esperança que um dia possamos retomá-la. Outra grande oportunidade que precisamos aproveitar é de fazer um grande Festival de música clássica, música sacra, etc. durante a Semana Santa. Seria outra grande jogada e sei que Gabriela também defende esta idéia. Por fim, meus parabéns pelo Carnajazz. Super oportuno e tende a crescer junto com o Garanhuns Jazz, principalmente se tiver uma pessoa de bom senso (como você) à frente.
Um forte abraço.
Alexandre Marinho

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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