sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Vale a Pena Ler de Novo - Cachaça


Li esse texto há algum tempo e salvei. Depois aprofundei o texto, incluindo novas observações. Agora, o Tico Santa Cruz falou da cachaça da Bodega de Massilon, e resolvi postar novamente. Trata-se de alguns conselhos sobre como apreciar uma boa dose de cachaça. Saí juntando outras informações e alguma dicas. São considerações de um leigo. Lembrem, bebam com moderação, não é a quantidade que dá o prazer, mas o conhecimento e o paladar. kkk! E aceito presentes de boas cachaças pernambucanas, paraibanas, mineiras, alagoanas, ...
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Vamos lá. Primeiro, saiba escolher uma boa cachaça. É importante que a bebida seja transparente e não contenha nenhum tipo de substância sólida. Aí é mistura e perde a essência da bebida. Saiba sobre a cachaça que está tomando, pergunte. Conhecer a região, o fabricante, as histórias da cachaça, tudo isto faz parte da mística. Depois, faça o teste das lágrimas, que avalia a oleosidade da cachaça. Se você não sabe do que se trata, as lágrimas são as gotas da bebida que escorrem pelas bordas do copo quando você balança o líquido. Se a cachaça criar lágrimas no copo, bom sinal, significa que ela é de qualidade. Por outro lado, se a bebida escorrer rapidamente pelas paredes do copo, significa que ela tem pouca oleosidade.O aroma também diz muito sobre a cachaça. Cada espécie de madeira usada para armazenar a bebida durante seu processo de envelhecimento deixa um odor característico. Aroma frutado é característico de cachaças com pouco tempo de armazenamento. Em contrapartida, cachaças envelhecidas adquirem os aromas amadeirados dos tonéis.Carvalho, por exemplo, deixa a “marvada” com uma cor amarelada e um cheiro mais forte, São utilizadas diversas madeiras para a fabricação dos barris. E cada uma tem uma característica. Independente da madeira usada, a bebida deve ter um aroma delicado e o aroma alcoólico não deve ser agressivo. Não deve "assustar" nem sentir o cheiro de álcool ao se cheirar a cachaça, ela não deve ofender o nariz. Aroma que lembra o cheiro do vinagre é sinal de que a cachaça contém excesso de acidez. E limão, pode? Os fabricantes de cachaças tipo exportação dirão que não. Assim como os de whisky dirão para a água de côco, os de vodca dirão para a laranjada. Mas se você aprecia a acidez do limão, deixar a bebida cítrica, coloque poucas gotas, lembre que é cachaça com limão e não limonada com cachaça ou caipirinha.
Como apreciar o sabor? Agora vamos ao que interesssa: beber. Antes de mais nada, uma dose para ser bem apreciada, deve render três goles. O copo, preferencialmente deve "abraçar" a dose. Portanto, dê preferência aos copos específicos para cachaça. E nada de virar de uma vez só! Dê um gole e, antes de engolir, deixe a bebida passear pela sua boca. Diferentes partes da língua revelam os diferentes sabores da bebida: adocicado, amargo ou ácido. Se gostar de tradição, lembre que esta é a bebida dos antepassados, da sua região, do seu povo, produzida e difundida por gerações. Outra coisa, o santo não bebe!A respiração é um ponto importante na hora de engolir a cachaça (assim como qualquer outra bebida destilada). Você deve expirar e, antes de inspirar de novo, engula. A ausência de ar na traquéia faz com que a bebida não desça “queimando”.
O tiragosto também proporciona um prazer especial. É sempre bom um caldinho ou uma fruta como caju, abacaxi ou laranja para acompanhar a dose.
A expressão "cachaça" está devidamente registrada pelo Brasil e não pode ser utilizada por outros países na fabricação da aguardente de cana de açúcar. Assim, podemos encontrar bebidas estrangeiras feito nossa cachaça mas utilizando nomes como licor ou pisco, esta última feita à base de uvas na América Andina.
A cachaça tem rompido com a intolerância e o preconceito e entrado nas camadas sociais de melhor poder aquisitivo. O vice-presidente da república José Alencar e o governador mineiro Aécio Neves são produtores de cachaça e exportam para a Europa. Muitas cachaças artesanais ainda sobrevivem pelo Brasil e outras conseguiram unir a qualidade de seus alambiques com o novo mercado consumidor. Inclusive a internet.
Bem, o que dizer mais da bebida que é a cara do Brasil e tem no presidente Lula o seu garoto propaganda!
Falar de cachaça é complexo e amplo. Já chegou a ser tema de mestrado. Tem incentivos federais para sua fabricação e um mercado estrangeiro em ascenção. É um tema recorrente em nossa literatura, nossa música, artes plásticas e existem até museus dedicados à cachaça, desde exposições de garrafas até as mostras de suas fabricações históricas e artesanais.
São nomes usuais com que se trata a branquinha, a marvada, a água-que-passarinho-não-bebe, a pinga, etc
Para terminar uns versos, pois não se bebe sem brindar e "tirar verso", que pode rimar ou ser de pé quebrado!
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A cachaça é uma inimiga do homem. E o homem que foge dos seus inimigos é um covarde!
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A pinga vem da cana, cana vem da roça, o homem que tem duas mulheres, uma é dele a outra é nossa!
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Carro sem roda não anda, bêbado deitado não cai, chifre de corno não fura, cachaça sem tira-gosto não vai!
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Carnaval diferente em Garanhuns - Por Patty Martins

Frevo? Não: Jazz.
Axé? Não: Blues.
Samba? Não: Rock.
Foi este carnaval diferente que quem ficou ou veio para Garanhuns, nestes dias de folia, curtiu. Foi um viva à cultura, a diversidade, à boa música.
Nada de multidão, confusão e barulho. Quem foi a Esplanada Guadalajara apreciou os shows, sentado, embaixo de uma grande tenda e tudo isto de graça.
Com a presença de músicos nacionais e internacionais esta terceira edição do Garanhuns Jazz Festival se consolida e dá uma opção para quem não quer se render ao Momo nestes dias.
Além de ser uma maneira, no meu entender, de movimentar a cidade. De atrair gente de fora, de encher os restaurantes e hotéis, já que aqui não tem carnaval.
Apesar da dificuldade para conseguir patrocínio para o evento, a organização conseguiu atrações de peso para este ano. Nomes como Magic Slim, Leo Gandelman, Jasiel Leite, Karl Dixon, Tico Santa Cruz (Detonautas), Celso Blues Boy, Andreas Kisser, Steban Sumar, Greg Wilson, entre outros. Atrações dos Estados Unidos, do Chile, da Argentina, de outros cantos do Brasil e aqui da região.
E tão importante quanto o festival foram os eventos que aconteceram pela cidade. Gostaria aqui de parabenizar principalmente ao Ronaldo César, autor deste blog, pela iniciativa de organizar o CarnaJazz, para quem queria continuar curtindo um pouco mais de música, o endereço certo foi o Bar Escritório, onde aconteceu o evento. Lá vários músicos deram uma “canjinha”. Ronaldo que o seu CarnaJazz cresça e se consolide tal, qual tem acontecido com o Garanhuns Jazz Festival.
Parabéns Garanhuns por mais este festival. Que a cidade possa ser conhecida nacionalmente como a cidade dos bons festivais.

Beijos,

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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