domingo, 24 de julho de 2011

Jornalista Eliakim Araújo faz sérias críticas a igrejas evangélicas nos meios de comunicação

Publicado em 23/07/2011
A caixa preta das igrejas
 
Silvio Santos bateu o martelo e disse que não vende mais as madrugadas do SBT para pregadores religiosos, mesmo que paguem milhões. Bispos e pastores estavam de olho naquele horário e ofereceram mundos e fundos para conquistá-lo. As ofertas partiram de todos, desde o bispão Macedo, em sua louca fixação para derrubar a Globo, até Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido por RR Soares, cunhado de Macedo, que já tem sua TV mas é incansável na busca por mais espaços em outras redes. Também entrou na disputa um tal Malafaia, aquele que garantiu que iria arrecadar alguns bilhões dos fiéis para ter sua própria TV e deu com os burros n`água.

Silvio, bom camelô, o homem que conseguiu dar a volta até na CEF, passando-lhe o mico preto do banco Pan-Americano antes que ele explodisse, deve ter pensado: “péra lá, se esses caras querem tanto esse espaço é porque algum faturamento eles vão ter lá na frente”. Não sei se ele pensou exatamente assim ou simplesmente decidiu preservar sua TV da catequese massacrante dos nossos respeitados bispos, pastores e apóstolos, mas o fato é que decidiu encerrar as negociações.

Penso que é preciso algum tipo de fiscalização para que todos saibam o que está por trás dessa dominação evangélica nas TVs brasileiras. De onde vem essa dinheirama toda? Vem de dízimos e do valor obtido com doações, mesmo que envolvam imóveis, veículos e doações, sobre os quais não incide imposto de renda. Ao pé da letra, significa dizer que todos os contribuintes brasileiros estão trabalhando em favor da construção desses impérios, não apenas os fiéis das igrejas. Essa é uma caixa preta que precisa ser aberta e convenientemente explicada.

Sobretudo a Record, cujos diretores estavam na posse de Dilma desmanchando-se em salamaleques com a presidente, merece ser olhada com cuidado. Algo está errado ali.

Lemos nos jornais que a rede do bispo desembolsou 38 milhões de reais para tirar José Datena, da Band, onde dava religiosos 6 pontos de audiência ou menos. Estreou na Record com 12 pontos. Uma maravilha, pensou a bisparada. Mas foi só a ilusão do primeiro dia, a chamada audiência de curiosidade. Como ele não apresentou nada de novo, uma semana depois ele estacionou nos sete a oito pontos. Muito pouco para tão pesado investimento.

É até aceitável que a empresa contrate e pague salários milionários a quem ela queira, quebrando a cara ou não, o que não aceitável é que a massa trabalhadora de TV seja punida com medidas radicais de economia para ter dinheiro no fim do mês para pagar as estrelas.

As colunas de TV informam que a emissora do bispo cortou 50% dos salários do pessoal de produção, aqueles que tocam a TV por trás das cameras. Assim, um produtor que ganhava 5 mil reais passou para 2.500 e um auxiliar de produção caiu de 2.500 para 1.300 por mês. Isso da forma mais radical possível, do tipo pegar ou largar.

Ainda mais ridícula foi a informação de que o próprio presidente da Record, o decorativo Alexandre Raposo, empenhado em reduzir as despesas da emissora, encarregou-se pessoalmente em sair apagando as luzes e desligando aparelhos de ar condicionado. Todas essas medidas de economia foram tomadas após a contratação do Datena.

Ora, uma emissora que paga mensalmente 3 milhões ao Gugu, um milhão ao Datena, 1 milhão ao Justus – que voltou para a Record depois de fracassar no SBT -, não tem o direito de economizar em cima daqueles que realmente colocam a emissora para funcionar. Alguma coisa está errada em sua administração. São jornalistas, repórteres, produtores, cinegrafistas, operadores de câmera, enfim alguns milhares de funcionários que fazem a máquina andar e que não mereciam essa perda repentina em seus salários, já normalmente aviltados.

Devo dizer que não tenho nada contra os profissionais que são contratados a peso de ouro, meu protesto é contra a política de sacrifício de muitos em benefício de poucos.

Como a Record é administrada por religiosos, teoricamente todos homens de Deus, fica aqui um apelo para que façam um exame de consciência em suas orações diárias, antes de dormir: corrijam a iniquidade cometida com aqueles que não têm voz nem mídia a seu favor e querem apenas um salário que lhes permita viver com dignidade.
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Eliakim Araújo ancorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi Coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa". Mora em Pembroke Pines, perto de Miami. Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais.

O maior Festival de Inverno de todos os tempos

Chegamos à 21ª edição do FIG, e sempre fica aquele comparativo com anos e administrações anteriores, principalmente quanto às atrações. Este ano ainda teve o incremento do receio, boato ou verdade, de diminuição do Festival, por três motivos:

- Diminuição de polos e palcos, a exemplo do ano passado quando não tivemos o primeiro final de semana no Pau-Pombo e na Cultura Popular. Este ano, chegou-se a comentar que não teríamos o Palco Pop.
- Diminuição de dias. A Fundarpe afirmou que nunca, em momento algum, chegou a cogitar a possibilidade de diminuir de dez dias tradicionais o nosso festival, mas o boato correu solto.
- Diminuição de atividades com a descentralização e realização de alguns eventos em cidades vizinhas, que acabou não se confirmando pela repercussão negativa que gerou em Garanhuns.

Nada disso aconteceu, tivemos o Festival em sua plenitude, em todos os polos e palcos.

Alguém pode discordar de uma ou outra atração, algum nome da grade que não tenha gostado, mas aí o gosto é individual. A verdade é que tivemos mais de uma dezena de excelentes nomes na Esplanada Guadalajara, maior vitrine do evento. Artistas como Seu Jorge, Nando Reis, Frejat, Gal Costa, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Fafá de Belém, Unidos da Tijuca, Pato Fu, Bebel Gilberto, Marina Lima, Otto, Marcelo Camelo, Luíza Possi, Nação Zumbi e Mundo Livre, entre outros.

Também recebemos excelentes nomes em evolução no cenário nacional que podem se tornar celebridades a qualquer instante, a exemplo de anos anteriores quando estiveram aqui artistas do porte de Chico César, Zeca Baleiro, Vanessa da Mata, entre outros, antes de se tornarem estrelas nacionais. Este ano os holofotes apontam para Roberta Sá, Mariana Aydar, Tulipa Ruiz, etc.

Também recebemos a nata da música pernambucana, talvez a falta sentida, mas que já esteve em várias edições anteriores seja Lenine. Mas este ano tivemos a Orquestra do Maestro Spok, Alceu e Geraldinho, Otto, Eddie, Mônica Feijó, Nação Zumbi e Mundo Livre, DJ Dolores, Isaar, Maciel Salu, Maciel Melo, Quinteto Violado, Karina Burh, Cascabulho, Josildo Sá, Devotos, Arlindo dos 8 Baixos, etc.

E a grande maioria dos artistas de Garanhuns também foi contemplada com apresentações em praticamente todos os polos. A discussão sobre uma melhor presença, melhores horários, deve ser atiçada, mas a verdade é que tivemos uma presença maciça no Festival de Inverno, coroando com a homenagem a João Neto no Pau-Pombo!

Outra coisa importante, tivemos uma melhoria na programação de todos os polos, pois em anos anteriores a Fundarpe privilegiou a Esplanada Guadalajara, afastando público do Pau-Pombo, Cultura Popular e Pop, principalmente. Este ano tivemos novamente nomes de repercussão incrementando esta descentralização e levando público para os demais polos. Maciel Melo no Forró, Tribo de Jah no Pop, Denise Stoklos no teatro, Quinteto Violado no Pau-Pombo, Renato Borghetti no centro da cidade, Selma do Côco na Cultura Popular, etc. Assim, tivemos bom público em todo canto, muitas vezes lotando os espaços, criando uma excelente visitação e otimizando todo o Festival de Inverno.

A decoração este ano, incluindo aí a iluminação dos parques foi outro show à parte! A Guadalajara estava belíssima. Tivemos também a melhor estrutura de camarotes dos últimos anos! A Cultura Popular funcionou em dois horários! O Parque Euclides Dourado estava sensacional!

E além de todos os polos e palcos tradicionais, tivemos a soma de novos atrativos culturais como o Caminhão da Cultura nos bairros da periferia da cidade, o Festival da Palavra, iniciativa que tratou a literatura de uma forma criativa e interessante, e ainda a soma de eventos e polos alternativos, como SESC e o Casarão Ferreira Costa/Sebrae. Outros polos como o Espaço de Boua, Madrugada no Escritório Bar, A Budega e o Boião´s Blues Festival.

Muitas apresentações foram fantásticas: Seu Chico, Spok, Roberta Sá, Seu Jorge, Nando Reis, Frejat, Elba, Geraldo Azevedo, etc, e ficarão na memória de muita gente durante anos, em alguns casos, para o resto da vida!

Tivemos falhas no evento, as de sempre, falta de divulgação, pouca participação de Garanhuns na concepção do evento, melhor aproveitamento por parte da Fundarpe da estrutura comercial de Garanhuns para gastar aqui, comunicação falha com a imprensa local, camarote exclusivo e privado, etc, etc, etc.

Mas é importante reconhecer o empenho na realização, todos elogiando a organização do evento como um todo, desde a grade de programação, coordenação e infraestrutura.

Olhando com uma parabólica tudo que aconteceu em dez dias em Garanhuns é que temos a certeza, em sua expansão e grande quantidade de artistas que aqui estiveram, tivemos o maior Festival de Inverno da história, agora é corrigir as eventuais falhas para que possamos ter no próximo ano um evento ainda maior!

Acabou!

foto: Wilksonita Gonçalves

Paula Fernandes em Garanhuns

Nova Miss Brasil, Priscila Machado, tem foto nua na internet


A gaúcha Priscila Machado foi eleita miss Brasil no concurso realizado e televisionado pela Band. Agora participará do Miss Universo que acontecerá em São Paulo, aliás, é a primeira vez que o Brasil sedia o evento.

Ao ser divulgada como vencedora, Priscila Machado foi vaiada pelo público, que parecia torcer pela candidata baiana, e a provocação aumentou aos gritos de -"peladona, peladona".

Acontece que uma foto da nova miss Brasil com os seios à mostra está correndo pela internet, pois este tipo de exposição não é comum às misses, em alguns países algumas chegam a perder a coroa ao ter fotos nuas divulgadas.

Priscila reconhece a foto e algumas explicações foram dadas. Ela disse que a foto foi tirada em um estúdio numa campanha publicitária. Outra informação seria que a foto era para uma campanha sobre o câncer de mama.

De qualquer forma, não é nenhum demérito se não há pornografia e a foto expõe sua beleza. Que seja feliz!

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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